9.12.14

O que se pode fazer com 51 táxones na América do Sul?

Ilustração de Mark Hallett

Nos últimos anos temos vindo a trabalhar intensamente em saurópodes titanossáurios. Qual razão para tudo isto? A descoberta da jazida de "Lo Hueco". Enquanto tentamos desvendar os segredos que cobrem a evolução dos titanossáurios ibero-armoricanos, temos vindo a assistir a um autêntico bombardeamento de trabalhos sobre saurópodes cretácicos provenientes de todos os continentes. Relativamente ao continente sul-americano, esse bombardeamento de informação tornou-se hoje em dia num fenómeno supra-geracional. 

Com tudo isto, o nosso coração bate com alguma expectativa sempre que tomamos conhecimento da publicação de novos estudos sobre saurópodes cretácicos na América do Sul. A nossa primeira aposta sobre a temática de dito trabalho é geralmente de que o estudo apresentará um novo táxon, ou então uma filogenia completa e robusta sobre todos os titanossários do mundo (deixamos este trabalho como pedido para o Natal de 2014, se possível). Contudo, somos surpreendidos mais uma vez. Caio Faria mais oito autores apresentam no South American Earth Sciences um estudo de teor bibliográfico sobre os 51 táxones definidos na América do Sul. 51 saurópodes, três países (Argentina, Brazil e Chile), uma avalização estratigráfica, paleoambiental e tafonómica e uma reposição entre diplodocoides e titanossauriformes na base do Cretácico Superior. Nada de novo, mas acaba por ser um trabalho de síntese que pode ser útil para nos colocarmos em dia. Próximo passo: solucionar o caos taxonómico que se tornou o continente Sul Americano no que diz respeito aos titanossáurios, em particular.

 Pezinho

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